Abandono, falta de amor e desrespeito
De onde vem essa ausência de sentimento de uma pessoa para
com seu semelhante¿ de onde vem essa deficiência de caridade e compreensão¿ de
onde vem a falta de afeto e gratidão¿ de onde vem essa deficiência tão grande
ao ponto de não se conseguir ver, nem perceber, o amor, o prazer ou a renuncia
do próximo em lutar pela sua sobrevivência
se esse alguém estar bem próximo de você¿ de onde vem esse tão cego, perverso
egoísmo vazio¿ que torna o indivíduo que assim se comporta alguém tão
indiferente nesta vida¿
Eu: criança, que ainda estou em um mundo desconhecido.
Eu: adolescente, que agora mais do que nunca precisa do teu
conselho, preciso das tuas referencias e de tuas experiências para me definir
como pessoa.
Eu: mãe, que te gerei e te dei a vida repleta de amor,
carinho e cuidados.
Eu: que chorei tantas
vezes pedindo a Deus pela tua saúde.
Eu; que renunciei a minha fida em favor da tua.
Eu: amigo que tanto te ouvi te ajudei e te apoiei quando você
mais precisou.
Eu: professor que sou teu maior companheiro nesta caminhada
da vida rumo ao desconhecido e que por muitas vezes desempenho aqui neste lugar
a função de familiares.
Eu: falo-te tudo isso para que você amanhã não viva em
função desse eu menosprezando, abandonando, agredindo, violentando, pessoas tão
importantes que estão ao seu redor e que na grandiosidade de sua indiferença
veja seu semelhante tão pequeno.
Simplesmente,
Eu.
Euza Abreu.
Componente do núcleo da messejana.
